quarta-feira, 26 de setembro de 2018

De chegadas e partidas

Muitas vezes, nas madrugadas de anos anteriores, eu me pegava aqui, no blog, com essa página em branco, fazendo exatamente o quê estou fazendo agora. Ouvindo a música que vou postar, enquanto deixo a imaginação correr solta para que eu possa redigir o conteúdo.

Que triste. Chegamos a uma etapa da vida que nós mesmos temos a plena certeza de que, o quê temos para dizer, não é mais relevante. Quando mais jovens, pensamos que podemos fazer a diferença no mundo, nem que seja no mundo de alguém que amamos, ou que nem conhecemos. 

Tudo se vai. Tudo passa. Pessoas mudam, realidades se transformam.
Até mesmo a artista que postarei aqui. Que saudade de vê-la em turnê. De ver novas canções em sua bela voz. Mas devido a um problema de saúde que teve, acabou se desviando da música. Não oficialmente. Nunca disse que não gravaria mais. Mas basta dar uma olhada em suas redes sociais. Raramente posta algo sobre música. Vez ou outra ainda acontece. Mas é cada vez mais raro. Assim como eu e você, parece ser uma outra pessoa, dados os anos que passaram.

O tempo nos transforma. E toda mudança é necessária e bem-vinda. 
Mas o quê fazer uma alma saudosista?
Sente falta do quê foi. Insegurança de viver o presente? Medo do futuro?
Não creio que seja nem um nem outro. 

Foram as realidades palpáveis que se perderam no tempo. As oportunidades que surgiram e que não foram aproveitadas. Realidades que poderiam ter sido e que não foram. E que ainda nos dias de hoje assombram as almas daqueles que sabem que tudo poderia ter sido diferente ou não. Vivem as penalidades do tempo de um tempo que não volta nunca mais. 

Saudade de pessoas que existem, sem existir como antes. Pessoas que se foram. Que foram.
Ainda existem aqueles e aquelas. Mas também não são os mesmos.
Eu mesmo, querido leitor, querida leitora.
Me pego de vez em quando, lendo posts antigos. 
Aquele era eu. Hoje, sou outro.
Será que alguém também sente saudade de quem fui? Não sei...
Penso que são poucos os que se atentam a isso. A grande maioria permite que o tempo passe, sem prestar atenção nele. O quê é benção para uns, é maldição para outros. Singela e doce vida.
Vida que nos leva e empurra pra frente.

Quantas e quantas vezes ouvi dizer que o ontem não existe mais, que o amanhã ainda não chegou, e que por isso temos somente o presente do hoje.

Quantos "hojes" se passaram até eu chegar até aqui. Quanta coisa, blog... Quantas alegrias... Quantas tristezas... Chegadas e partidas...

E assim vai ser. Assim vai sendo. Descobrindo a cada dia, um dia de cada vez. 
Viajando e vivendo. Vivendo, e existindo. Um dia. De cada vez.

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

SÓ PRA NÃO DIZER QUE EU NÃO VIM...

Galera do céu...
Que saudade de me expressar por aqui!
Adianto que não tenho nada a dizer. Fato.
Mas deu uma saudade gigante de abrir essa página, e mesmo sem assunto nenhum, deixar de passar por aqui.
O tempo do blog morreu. Não existe mais.
Claro. Existem aqueles que mantém a chama da escrita acesa, mas a realidade é a de que os vídeos dominam. Eu, vez ou outra, ainda me arrisco em programas on demand de áudio, os conhecidos podcasts. Esses também ainda estão em voga. 
Mas ler... Dá uma gastura, né? Quem tem tempo pra ler hoje em dia?

Você mesmo é um/uma herói/heroína por chegar até esta linha!
Mas ok. Não tomarei mais do seu preciosíssimo tempo.
Para não perder o costume, fuca um som aí pra você conferir.
Falando em vídeo...