Ontem a noite assisti o documentário "Homicídio nos EUA: Gabby Petito", e tava recordando que acompanhei esse caso "em tempo real" quando aconteceu.
Uma jovem que havia postado no seu canal recém lançado no YouTube um único vídeo, no qual narra o início da jornada que ela e seu noivo, Brian Laundrie, que foi assassinada por ele.
Por quê lembrei disso?
Porque semanas atrás, tivemos nosso encontro do Clube do Livro, no qual lemos "A Sangue Frio", de Truman Capote (como já mencionei à vocês), e quando me foi dada a oportunidade de fala, disse pras pessoas que lá estavam que me senti em casa lendo aquele livro. Que gosto de casos assim.
Acho, na verdade, que não me expressei direito na reunião, porque pode ter soado como se eu gostasse de desgraças, uma vez que Capote narra pra gente o assassinato da família Clutter, ocorrido em uma cidadezinha chamada Holcomb, no Kansas. Falei com uma certa "alegria" nos olhos que sou fã do canal Investigação Discovery, onde o produto é exclusivamente programas true crime (crimes reais).
Acho que dei tanta ênsafe na "normalidade" dos fatos, que devo ter assustado alguém. Pode ser que alguém tenha notado traços de psicopatia em mim. Deixo claro que não existe a menor possibilidade de eu apresentar isso, ok?
Como futuro jornalista, preciso ter contato e acesso a diversas realidades. O mundo é diverso, complexo e complicado demais, dependendo de onde e como olhamos.
Mas vamos voltar ao caso Petito.
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Gabby Petito, de 22 anos, que desapareceu enquanto viajava de van, com o noivo Foto: wheresgabby.com |
Se eu tivesse visto somente o vídeo que ela postou (vou publicá-lo logo abaixo), eu estranharia o fato de ela ter colocado que estavam iniciando a vida deles, uma vez que só ela parecia estar curtindo estar no vídeo. Brian até aparece sorrindo, comentando umas coisas, mas claramente, a ideia de ter o vlog era dela, e ele, parecia não curtir tanto.
Assistindo ao documentário, essa certeza é confirmada.
Por diversas vezes ele parece incomodado. Os vídeos de bastidores, que a polícia recuperou em suas câmeras e note, mostram isso.
O cara era possessivo. Amava de uma maneira que denotava a possessão da pessoa. Ele a queria somente pra si. Sabe aquela coisa que a gente vê, percebe, e quem tá no relacionamento abusivo não enxerga? Então... É disso que trata o documentário em três episódios, disponível na Netflix.
No primeiro, é retratado o início do relacionamento da Gabby com o Brian. Mas antes disso, fala sobre a vida dela, como era uma menina feliz. No segundo, partem para a busca (ela ficou vários dias sumida, incomunicável), e no terceiro, o desfecho de tudo.
Vale como alerta, para abrir os olhos de muita gente que passa pela mesma situação nos dias de hoje.
Nichole, mãe da Gabrielle (seu nome de batismo), criou a Fundação Gabby Petito, para auxiliar pessoas que passam pela mesma tristeza. Clique no endereço pra conhecer: https://gabbypetitofoundation.org.
Algo que é retratado no documentário, e que me chamou a atenção, foi a comoção das pessoas em querer ajudar a encontrá-la. Através das redes sociais, pessoas que viviam nas proximidades relatavam quando a tinham visto pela última vez, pessoas que deram carona ao Brian, sem saber que ele havia cometido um crime...
É muito comum quando pessoas desaparecem, a população da internet postar e repostar informações de quem precisa ser encontrado. Já aconteceu em minha família, e o suporte foi muito bom, também pela torcida e pelas orações de quem a gente nem conhece.
Enfim, fica a dica para esse documentário. O caso ocorreu em 2021, é bem recente. Tá fresco na memória. Lembro de torcer para que a encontrassem com vida. Infelizmente, não foi o que aconteceu. Também torci para que pegassem o Brian (que foi ajudado pelos pais a acobertar o crime, "diga-se de passage"), o que também não aconteceu.
É, meuza migos e minhaza migas... O tema hoje não foi tão leve, mas vale a informação e o cuidado para que não caiamos em relacionamentos assim.
Assista abaixo, o primeiro e único vídeo que a Gabby postou em seu canal no YouTube:
Triste, né? Não fosse o ocorrido, e se ela não estivesse vivendo com esse rapaz, sabe-se lá quantos vídeos teríamos para acompanhá-la naquilo que ela tanto gostava de fazer... Que esteja descansando em paz.
Gostaria de agradecer à Juliana e a Mirela, pela gentileza dos comentários no post de ontem, Obrigado, meninas!
Como hoje tratamos de um fato no qual pessoas desapareceram, a temática da música será a mesma.
Ofereço a vocês, agradecendo o carinho de sempre.
Antes da música, uma informação importante: Não é que eu esteja me sentindo a última bolacha do pacote, e nem a última Coca-Cola gelada no mundo, e nem por que acho que vocês ficariam desesperados(as) se eu não postar todos os dias. Mas isso pode ocorrer, tá? Ou por causa dos estudos, trabalhos... Qualquer que seja o motivo. Para treinar minha escrita e gramática, pretendo estar sempre por aqui. Mas pode ocorrer de falhar de vez em quando. Não desistam de mim! Fiquem ligados(as) nas minhas redes sociais. Quando postar algo, divulgo o link por lá. No passado, já me "obriguei" a postar todos os dias. E já sabem, né? Tudo o que vira uma obrigação...
Pra Ju e pra Mirela (e pra você que leu até aqui também), Fort Minor, "Where'd you go".
2 comentários:
Sucesso meu filho
Muito obrigado!!!
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