terça-feira, 30 de novembro de 2021

Compartilhando


Enquanto escrevo essa linha, ouço na TV músicas que remetem à minha adolescência.
Síndrome de Peter Pan? Não. Nem mesmo se quisesse.

Mas bateu saudade de estar aqui, escrevendo como se não tivesse a intenção de que ninguém me lesse.
As postagens foram diminuindo com o tempo. De acordo com o meu desânimo para tal e a total falta de vontade de me colocar em palavras. E quanta coisa mudou em minha vida desde o primeiro e único post, lá em janeiro desse ano. Quantas pessoas foram embora. Quantas realidades mudaram. Pessoas também.
Sim, porque é utopia achar que as pessoas não mudarão. E digo mais: todos mudamos. Não permanecemos as pessoas que fomos. Dá saudade de quem éramos? Às vezes sim. Mas é necessário que o tempo corra. Que o tempo vá, e com ele, nós também vamos indo.
Tempos atrás ouvi uma expressão que um padre falou, e que muito me tocou: "Não é o tempo que passa. Nós é que passamos pelo tempo."

Verdade.

As coisas ficam. A gente vai. De um jeito ou de outro.

Estamos prestes a ficarmos "livres" de uma pandemia que levou muitas pessoas conhecidas e queridas.
Só que surgiu a Ômicron... Com 50 mutações dentro dela... Quando parece que as coisas estão melhorando, eis que o maldito vírus ressurge, como que rindo de nossa cara. Mas somos brasileiros! Não desistimos nunca! Precisamos lutar, persistir, conseguir! E assim será!

Dedico esse post de hoje aos meus familiares que foram morar no céu nesse ano. 
Três dias depois do post que antecede esse, minha avó, mãe do meu pai, se foi. Em abril, foi o pai de minha mãe. E agora, no dia de finados, meu pai descansou.

Sei que muitas pessoas, de muitas famílias foram ao Céu. E que a saudade que corrói só é amenizada pela força que Deus nos dá. Força, viu? Força. É difícil mesmo, mas como meu irmão gosta de dizer, "amanhã o sol nascerá outra vez", e precisamos encontrar forças onde não temos para continuar.

Vamos descobrindo aos pouquinhos que a força que vem do Alto nos sustenta, e não nos deixará cair, mesmo em meio às lágrimas e tristezas, tão comuns na vida de qualquer pessoa. 

Por pouco não termino o ano sem postar mais do que um post. Mals aí pela redundância, mas hoje quis voltar às raízes. Blogar! Hoje em dia, quando o audiovisual tomou conta, é mais difícil as pessoas pararem para ler textões como esse. Mas olha... Pelo que tô vendo... Serei um saudosista inveterado. Saudosista esse que se acostuma ou que se contenta/depara com realidades que não mudarão mais, "e tá tudo bem", como dizia minha psicóloga! 

Sim! Fiz terapia durante um tempo! Foi muito bom! Quem sabe um dia volte?

Não quis gravar. Não quis editar. Não quis estar em live. Quis estar diante dessa tela branca do notebook e digitar o quê eu quis dizer nessa noite fria e chuvosa (embora agora o sereno tenha dado um descanso).

O "online" às vezes me faz mal. 
Tenho aprendido e buscado aprender que também existe vida além dos posts, dos likes e views!
Tenho muita vontade de que esse espaço aqui seja o eleito para que eu me comunique com você sobre aquilo que eu quiser comunicar! Sem esperar feedbacks! Foi-se o tempo disso! E na real, se for esperar por isso, cria-se uma expectativa, e expectativas são grandes inimigas das realidades, e por isso nos frustramos tanto.

Sou amante das artes audiovisuais, da música. E partilhar coisas assim com quem se deu o trabalho de clicar num super textão, e compartilhar algo de que eu goste, não tem igual.

É o orgânico, sabe? Sem algoritmos! Sem views comprados! Ou seja, vê quem quer! O convite tá lá!
Nas "redes". Mas só quem clicar e ler, saberá um pouco do quê tenho tentado falar.

Não farei promessas. Aprendi com o tempo que não levo o mínimo jeito com elas. O tempo sempre ensina. Ele é o senhor da razão.

Por hoje, é isso. 
Obrigado por ter lido aqui.
Compartilho o quê tô vendo nesse momento no YouTube (isso se lembrar como é que se faz pra compartilhar aqui no post a música que tô ouvindo).
Quem me lê desde 2007, sabe que sou eclético! Um abraço, e até a próxima!