quinta-feira, 9 de junho de 2016

ASTRONAUTAS

Acredito que o terror de todo e qualquer escritor, ou de alguém que ganhe a vida escrevendo, seja o famoso "bloqueio de escritor".
Longe de mim me achar um escritor. Não tenho (mais) tal pretensão. Desde que me conheço por gente, pensava comigo mesmo que, no dia em que tivesse minha Olivetti, escreveria livros e mais livros. Sempre amei ler. Quando adolescente, não saía da biblioteca da minha escola. Lembro das tardes, ao final das aulas, quando lá ia eu, com minha carteirinha e ficha de leitura, pronto e ávido para emprestar mais uma obra da série Vaga-Lume!
O chato, nesses tempos, é eu correr o risco e mais do que isso, voltar mesmo a assuntos repetidos. À quem cria conteúdo, isso vai e vem. Preciso de novas fontes de inspiração, acontecimentos, realidades. Algo pra escrever aqui. Quem acompanha o blog, sabe que ele me acompanha há anos, nas mais variadas fases de minha vida. Xiiiii... Quando olho pra trás e vejo sobre o quê escrevia... Cada parte do mosaico que forma quem sou hoje... 
Sei lá. Não sei se hoje escreveria como antes. Digo no sentido de escrever tudo mesmo! O tempo nos ensina a sermos mais resguardados, mais intrínsecos (acho que posso usar essa palavra aqui, né?).
Não quero mais escrever o livro. Acabei me tornando um apaixonado pelas tardes e noites cinzas, frias. Sempre digo que gosto do dia, mas amo as noites. 
Escrevo agora, de noite. Lembro das madrugadas chuvosas que me inspiravam! Das conversas das quais brotavam vários posts, depois de uma seção de MSN! É gostoso lembrar disso! Chega a ser divertido! Hoje em dia existe WhatsApp, Messenger (aquele que o Zuckerberg quer fazer todo mundo usar)... Tantas maneiras a mais e mais fáceis de nos falarmos, e não falamos um décimo do quê falávamos... Vai entender, né?
Será que é por que envelhecemos? Estamos ficando chatos? Exigentes, quem sabe. Não é à toa que contamos nos dedos de uma mão as pessoas em quem confiamos. E mesmo assim, sobram dedos. Bem, esse não é o tema de hoje. Aliás, nem tema tenho.
Sei que tem coisas que não mudam. Por exemplo, o fato de eu adorar terminar meus textos, e colocar aqui um vídeo musical para curtirmos! Isso sei que não mudou e não mudará em mim: o amor pela música!
Sou de 80! Cresci ouvindo músicas como essa!
Viajemos pelo espaço da vida, sendo como que astronautas!
De mármore.

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