quinta-feira, 1 de junho de 2017

... porque nem tudo precisa de um título (não mais).


O blog completa dez anos neste ano.
Ler o quê escrevi aqui é literalmente fazer uma viagem no tempo.
Nesse tempo, pessoas me conhecerem, se apaixonaram por mim, brigaram comigo, se esqueceram de mim.

Tenho pra mim que muitos que gostavam daquele Márcio do passado não engoliriam esse Márcio que vos escreve hoje.

Tudo muda. Tudo passa. Coisas, pessoas, realidades, crenças, confianças.

Aquilo que diziam sobre ficar velho e rabugento, hoje já faz parte de minha realidade. Claro. Comecei o blog com 27 anos. Hoje tenho 37. Imagina quanta coisa vivi, quanta coisa aprendi e desaprendi nesse tempo.

A maior tentação que temos é a de pensar na maneira que as pessoas de fora te enxergam nos dias de hoje.
Confesso que eu não tenho essa pretensão.
Por quê?!
Porque a gente acaba cansando de prometer ser perfeito. Eu tentei. Não consegui.
E ninguém tem a obrigação de me aceitar com minhas limitações. Ou a gente gosta, ou a gente não gosta. Não há nada de errado nisso.

Nossa... Como achei que tinha um poder que nunca tive. Adivinhar o quê as pessoas sentiam. Pensei que entendia todos e cada um.
E era coisa da idade.
Não me culpo. Foi uma fase.
Espero, de verdade, que as pessoas que atravessaram aqueles momentos comigo, tenham ótimas recordações de minha pessoa.
Pelo menos isso!

Os poucos amigos que restaram, nem sempre tem memórias boas de mim.

Por quê?

Porque sou imperfeito.
Às vezes, estão mais tolerantes.
Porém, nem sempre, e eu respeito isso.
Precisei aprender a respeitar.
Afinal, quando se é um chato, poucos tem paciência. Nem todo mundo gosta de falar da própria chatice. Porque se aceitar sem ser a perfeição não é legal.

Quando se é adulto, se aprende isso.

Minha vida tem sido esse aprendizado.

Continuo aprendendo com o cotidiano. Acho que pouca coisa do Márcio antigo restou dentro de mim. Duas coisas, faço questão de ressaltar: o amor pelo cotidiano, e o amor pela música!

Isso não mudou!

Há coisas que fiz questão de colocar no baú aqui dentro de mim, e jogar a chave fora.

Mas então. Tava falando do blog.

Por trabalhar em rádio (acredite, continuo nisso até hoje, apesar de não ser meu único emprego), quis migrar pra outras mídias.

Não foram poucas as vezes mas quais quis engrenar uma web rádio. Programas do tipo podcast. Mas hoje, 2017, a galerinha curte mais os vídeos mesmo. 

Ou seja, tô escrevendo pra mim. 
Pra ninguém mais.

Não sei como, até hoje, ainda tem gente que dá like na página desse blog no Facebook.

Facebook.

Cansei daquilo. 
Mas por consideração às pessoas que curtiram uma postagem ou outra, e a página por causa disso, publicarei os posts à partir de hoje lá.

À partir deste, no caso.

Não avisei ninguém que iria voltar a escrever.
Até porque pode ser que hoje eu escreva pra caramba, e amanhã nem apareça por aqui.

O último post antes desse foi em janeiro desse ano. Isso porque​ prometi à mim mesmo de que escreveria todos os dias.

Por isso não prometo nada.
É aquilo que já falei: cansei de prometer e não cumprir.

Sou uma personagem?
Sou eu mesmo falando?

Não sinto necessidade de explicar.
Não foram poucas as vezes que falei por metáforas. Elas escondiam muitas vezes situações e sentimentos que não eram necessários serem explicados.
A vida é assim.
Já viu sua vida pelo lado de fora?
É algo que algumas pessoas fazem pra conviver melhor com elas mesmas.

Falar ajuda.

O problema é encontrar com quem falar.

As pessoas (eu inclusive) tem milhares de pessoas em suas redes sociais, mas contam nos dedos de uma mão (e sobram dedos) o número de quem realmente é digno de confiança.

É aquele papo que acho que já trouxe aqui, década atrás: Jesus era seguido por milhares.
No final, ficou com doze, e mesmo assim, um o traiu. Quem sou eu pra achar que seria digno também da confiança de tantos?

A vida não consiste nisso mesmo.
Sem problemas.

Resolvi voltar a escrever também por isso.
Sempre gostei de expressar ideias, pensamentos, gostos.
E tentei fazer isso através (mais uma vez) de um programa na internet, num site que criei.
E acabo voltando aqui.
Pelo visto, esse blog vai me acompanhar mesmo a vida toda.



Ele pode até mudar de cara.
De vez em quando, enjôo do design dele, e lá vou eu modificar alguma coisa.
Mas pra enjoar do coitado, eu precisaria pelo menos entrar nele com uma certa regularidade.
O quê não vinha acontecendo.

Me perdi de novo no quê tava escrevendo.

Ia tentar falar com as pessoas através do site que citei há pouco. Mas uma dessas amigas que continua digna de se contar num dos dedos de minhas mãos, me disse uma verdade: hoje em dia, a galera não tem mais paciência pra entrar num site e ouvir algo.

Na real, eu tenho.
Amo podcasts. Adoro baixar ou ouvir via streaming. Mas não é minha praia gravar um, seja em conjunto ou solo. Por isso, acolhi a verdade à mim proferida, e voltei ainda mais no passado! Um blog escrito!

Aqui, no auge, registrava mais de 200 visitas diárias. De verdade que, olhando pra trás, não sei o por quê.
Hoje não tenho essa pretensão.
Claro que ficava feliz com a visualização à época, mas para um senhor de 37 anos, isso não é mais assim tão importante.
Como já disse e repito, escrevo pra mim.

A foto que ilustra esse post é uma que tirei, dentro de um ônibus, quando vinha pra cá (tô na rádio) fingindo pensar. Na foto fingi. Msg pensar, ainda é um dos meus passatempos prediletos.

E lembra que disse à vocês do meu amor pela música?!

Descobri pouco tempo atrás, o trabalho de Sara Bareilles. E estou apaixonado pela sua voz. Como gosto de compartilhar o quê tem y relevância pra mim, é a música dela que convido você a ouvir, clicando no play abaixo.

Agradeço pela paciência.
A gente se fala amanhã, ou quando eu tiver vontade de escrever de novo.

Pra ter certeza, curta a página no ~feice~.
Colocarei lá os links.
Se já me segue no Twitter, que é minha rede predileta, nem preciso dizer mais nada.

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