quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Devaneios (pra variar)

Hoje senti saudade.
Saudade de falar com você através daqui.
Você já teve a impressão de que, ao invés de você evoluir, vai regredindo com o tempo?!
Sensação estranha essa.
Acredito que nossas vidas sejam compostas de auges.
A gente atinge, num certo tempo da vida, um arco na vida de muita gente. Conhecemos muita gente.
Participamos da vida dessa gente.
Mas com o tempo, alguns de nós vamos nos tornando sós.
No meio de muita gente, acabamos sozinhos.
Vejo meu blog como meu psicólogo. Volta e meia, tô aqui.
Apareço. Sumo.
Mas não desisto de procurar as estrelas que teimam em se esconder atrás das nuvens.
Estrelas essas que fazem meus olhos brilharem. E nem elas são as mesmas.
Quando olhamos para elas, viajamos no tempo. A luz que emana de sua energia demora um bom tempo até chegar até nós. Ou seja, muitas vezes, o quê enxergamos, nem existe mais.
Na minha adolescência, gostava de sentar na minha calçada, e olhar o anoitecer. Ansiava por profundidade. E o espaço parecia ser o lugar perfeito para tal.
Com o tempo, esse espaço foi ocupado por muita gente. Muitas realidades. Muitas histórias.
Tempo passado.
Pergunto-me se, quando estiver na altura dos 80 anos, continuarei assim, saudosista.
Não quero me encher, e nem quero encher ninguém com isso. Talvez por isso, com o tempo, a gente se recolhe.
A gente aprende a ser a gente, e entende que não muda.
E que tá tudo bem com isso.
Eventualmente, podemos até mudar.
Mas isso, vai depender das circunstâncias. De como as coisas vão se desenrolar no dia-a-dia.
Não pode ser forçado.
Mesmo sendo estrelas solitárias, é bom ver que ainda brilham.

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