terça-feira, 30 de agosto de 2011

O silêncio

Que som é esse que nos faz estremecer diante dos ruídos que o mundo produz?!
Som esse que quando você questiona alguém e o mesmo se manifesta, você não sabe o que fazer... Perde o rumo e não sabe prá onde ir, nem que rumo tomar...

Dizem que muitas vezes, ele é a melhor resposta...

Silêncio...

O silêncio pode ser encarado de várias maneiras. Dependendo da situação, ele é reconfortante.
Mas também pode ser desconcertante.

É necessário para que paremos e pensemos na vida, nas atitudes e decisões.
Necessário para ouvir a Deus. Pois na correria do dia-a-dia, muitas vezes temos tempo para ouvir a todos, menos Ele.

Difícil prá quem tem o temperamento sanguíneo. Que é sempre muito agitado, animado!
Parece até que é um insulto!
Ainda mais nessa época e nesses tempos, nos quais tudo tem barulho!

Há uma analogia da qual gosto bastante!

Algumas pessoas dizem que devemos ser como o sol! Que nasce e se põe, cumprindo a missão toda dele, sem fazer um ruído sequer!
Mas eu quis conferir!
Certa vez, na praia, num pôr-do-sol, fiquei olhando (da maneira possível) para aquela enorme bola laranja que ia se esconder no horizonte, tocando o oceano!
Ouvira tempos atrás que quando o sol "toca na água", ele fazia um barulho! Quis ouvir esse ruído!
Mas, prá minha grata surpresa, ouvi apenas as ondas se quebrando. As crianças que ainda brincavam por ali. As conversas de casais apaixonados que por outras razões, também contemplavam aquele lindo e belo espetáculo da natureza...

Inesquecível. O vento. As ondas. O sol. O silêncio...

As estrelas também apareceram sem alarde. E percebi naquele momento que o barulho muitas vezes atrapalha, pois tira a atenção de momentos como aquele.

Há quanto tempo você não pára para contemplar o pôr-do-sol, ou as estrelas surgindo no céu?!
Essas coisas fazem falta!
Nos lembram que somos parte de algo maior! E foi Deus que fez tudo isso pra gente! Lindos presentes!

Sinto falta. De ver aquele sol se pondo daquele jeito. Preciso parar mais vezes também. Precisamos valorizar o que temos. Viver e conviver com o Sagrado de cada dia!

"- Será que os seres humanos percebem a vida enquanto a vivem?!
- Os seres humanos não sei. Os santos e os poetas, talvez..." (Orson Welles - Minha cidade)


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